Como Evitar Amostras Coaguladas?
A gasometria é um exame fundamental para avaliar o equilíbrio ácido-base, a oxigenação e a ventilação do paciente, sendo amplamente utilizado tanto em contextos críticos quanto em atendimentos ambulatoriais.
No entanto, por ser altamente sensível a variações físicas e químicas, esse exame exige rigor técnico em todas as etapas, desde a coleta até a análise. Grande parte dos erros e interferências ocorrem na fase pré-analítica, geralmente por causas como formação de coágulos, presença de bolhas de ar ou falhas na homogeneização da amostra.
Dessa forma, seguir protocolos bem definidos desde o início do processo é indispensável para garantir resultados precisos e confiáveis.
Escolha correta da seringa e do anticoagulante
Para evitar a formação de coágulos, o profissional deve utilizar uma seringa com o anticoagulante adequado.
O ideal é escolher seringas que contenham heparina de lítio balanceada com cálcio, preferencialmente jateada na parede interna. Esse equilíbrio com cálcio impede que a heparina interfira na amostra ao capturar íons essenciais, como o cálcio, o que poderia reduzir artificialmente suas concentrações no resultado final.
Além disso, aqui na Addlife Diagnósticos, sempre orientamos que é fundamental respeitar o volume mínimo de coleta indicado nas instruções de uso da própria seringa. Coletas abaixo do volume recomendado comprometem a eficácia do anticoagulante.
Remoção de bolhas de ar e homogeneização da amostra
Logo após a coleta, o profissional deve remover imediatamente quaisquer bolhas de ar da seringa. A presença de ar pode modificar os níveis de gases sanguíneos e distorcer o pH da amostra.
Somente após essa remoção é que a amostra deve ser homogeneizada com cuidado. O ideal é girar a seringa em movimentos circulares por pelo menos 10 vezes ou durante 20 segundos, garantindo que o anticoagulante se distribua uniformemente.
Tempo entre a coleta e a análise
Outro aspecto crucial é o tempo entre a coleta e o processamento da amostra. O ideal é analisar a amostra em até 30 minutos após a coleta.
Caso haja atraso, o risco de formação de coágulos aumenta, além de possíveis alterações em parâmetros como pH e pCO₂. Para minimizar os impactos do atraso, é recomendável armazenar a seringa em um recipiente com gelo e água.
No entanto, vale destacar que mesmo com refrigeração, alguns parâmetros — como potássio (K+), glicose e pH — podem sofrer alterações significativas.
Além disso, se mais de 30 segundos tiverem se passado desde a última homogeneização, o profissional deve homogeneizar novamente antes de introduzir a amostra no analisador.
Verificação de coágulos antes da análise
Antes de iniciar a análise, é boa prática verificar a presença de coágulos visíveis.
Para isso, despreze algumas gotas da amostra sobre uma gaze e observe. Se houver qualquer indício de coagulação, a amostra deve ser descartada imediatamente, e uma nova coleta deve ser realizada.
Por que seguir todas essas etapas?
A adoção rigorosa dessas boas práticas pré-analíticas é essencial para:
- Garantir a confiabilidade dos resultados;
- Evitar coletas repetidas, que geram desconforto ao paciente e aumentam o tempo de atendimento;
- Proteger os analisadores de gasometria contra obstruções causadas por coágulos, o que pode causar prejuízos operacionais ao laboratório
Portanto, o controle cuidadoso do processo pré-analítico não é apenas uma recomendação técnica, mas um passo crucial para a segurança laboratorial e a qualidade do exame de gasometria.
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